EGAN Dezembro 2013-03 Chegamos ao fim de mais um ano. O vigésimo ano de atividades do Instituto Niten e 10 anos de EGAN! Procuramos fazer um apanhado das notícias e novidades marcantes destes últimos meses neste Egan. Mas muita coisa ficou de fora ainda. Confira mais no site, e principalmente, acompanhe esta jornada pelos treinos e pela prática!
20Anos - Feras 10 O Kenjutsu possibilita a flexibilidade dos passos e dos movimentos bem como golpes potentes a partir de qualquer situação (kamae). Em qual das estratégias você aposta?
20Anos - Feras e Antigos Engana-se aquele que imagina que só de treinos e "coisa séria" se faz o Caminho. Caminho aqui no Niten é, além de lutar: rir, chorar, falar, ouvir, cantar. Confraternizar.
"A serra da Cantareira, mais uma vez, fez-se palco do último gashuku do ano. Saímos do fervor e do caos da cidade grande e em alguns quilômetros trocamos o ruído dos carros pelo canto dos pássaros, e a paisagem desenhou-se com o contorno das árvores. O calor do fim da primavera, em meio a esse ambiente bucólico, aqueceu nossos espíritos em mais um processo de forja.
Logo estávamos acompanhados de nossas espadas, abertos para os tantos ensinamentos que estavam por vir. Os treinos do primeiro dia revelaram segredos profundos, principalmente durante o Niten ichi ryu, onde a shinai do Sensei nos mostrou na pele os katas de Musashi Sensei.
Ao fim do dia, sem nossas armas e kimonos, reunimo-nos em meio a alegria e descontração com colegas de todos os cantos do Brasil. A inocência e arrojo das crianças deram partida nas apresentação dos talentosos samurais, que surpreenderam com suas performances. Selando a noite, adentramos no parque para devolvermos à natureza nossas armas quebradas através do fogo de uma grande fogueira. A energia depositada naquelas armas misturou-se às chamas e iluminou os rostos contentes, levando esse brilho para o futuro, uma vez que escrevemos nas tiras das shinais os desejos para 2014. Essa foi a imagem que marcou minha mente antes de dormir.
Com o solo da fogueira ainda quente, já estávamos acordando, antes mesmo do espalhar da luz do sol. Iniciamos as atividades com a corrida/caminhada pelo clube. Mais do que em uma atividade física, estávamos em meio a natureza, rodeados pelo ar puro e por uma paisagem maravilhosa. Paramos em um campo para preenchemos a atmosfera com nossas vozes, moldadas com o Hagakure Shiseigan e os hinos do Brasil, Japão e do Niten.
Durante o treino de naginata, juntamo-nos para preparar os makiwara e o objetivo comum contou com o empenho de todos os envolvidos na atividade.
O audiovisual, para mim, guardou as maiores surpresas do final de semana. Perguntava-me como um vídeo que falava sobre fazer sashimi poderia influenciar no caminho da espada. O que assistimos, porém, superou todas as minhas expectativas. Não assistimos a rotina de uma peixaria. Vimos um treinamento com a profundidade digna de samurais. Tamanha profundidade arrancou-nos lágrimas. Como ter o sentimento correto muda todo o processo e os resultados… Enxerguei-me na relação entre o aprendiz, com suas expectativas e frustrações de receber tudo que lhe era proposto, e o mestre que desempenhava com tanta naturalidade o que ao aprendiz se mostrava intransponível, que trazia sempre as palavras precisas e dedicava-se sublime e tenazmente. Cada qual a seu modo, não se sabia se maior satisfação sentia aquele que descobriu ou o que apontou e cultivou o feito.
Por fim, o tameshigiri, para descortinar em verdade os cortes, colocando à prova nossos golpes. A seriedade e a tensão, principalmente quanto ao quesito segurança, era preponderante. Enfrentar se os golpes que fazemos nas lutas e katas realmente possuem poder de corte direciona o treino em uma direção mais profunda. Como um espelho, cada corte que realizei no makiwara foi um corte que fiz em minha própria alma.
Todas essas sensações fazem com que os gashukus e oportunidades de convivermos entre colegas e com o Sensei sejam momentos imperdíveis. Sem dúvidas, o guerreiro que subiu a serra esse final de semana não foi o mesmo que desceu no final.
Domo arigatou gozaimashita Sensei," Álvaro Tachibana - Unidade Ana Rosa
Foi um fim de semana agitado, produtivo e,acima de tudo, feliz. O 12ºTBEK (Torneio Brasileiro de Kobudo por Equipes) teve a cobertura da imprensa local (Diário de Guarulhos 18/10/2013) e o apoio da Prefeitura de Guarulhos, que não só abriu as portas mas nos solicitou para incluirmos no calendário oficial da cidade, o Torneio de Kobudo do Instituto NIten. A minha mensagem do dia foi cumprida e vi, nos olhos de cada um, a compreensão de que no Niten não existe a rivalidade, a competição por medalhas ou arrogância decorrente da vitória. A convivência comigo após o Torneio, como anunciada anteriormente, além dos depoimentos dos colegas que me acompanharam ao Japão, conseguiram, se não enriquecer o Caminho de cada um dos presentes, pelo menos acordar do que é e como é constituída a nossa família Niten. É o esforço e a dedicação de cada um de nossa família Niten que fez "do limão uma boa limonada", de um dia de guerra, em um dia agradável em que todos os presentes sairam, e ouso dizer, mais do que vitoriosos. Segue os resultados e as palavras de uma das "vitoriosas". Arigato a todos os alunos e acompanhantes por fazer deste fim de semana em um verdadeiro "treino para o espírito".
Palavras de uma aluna:
" Felicidade. Se tivesse que resumir esse final de semana seria com essa palavra. Senti verdadeiramente que estava no lugar certo, na hora certa. Percebia através das conversas, orientações, e até mesmo nos momentos de descontração que meu coração sorria.
Durante o Torneio, percebi uma diferença na atitude de encarar o desafio. Antes, ficava mais tensa, com vergonha. Agora, senti um pouco mais de confiança e mesmo que o coração ainda bata mais rápido quando falam "Hajime!", consegui manter o foco (só um pouquinho a mais) naquilo que devia fazer. Percebi o inesperado, errei coisas que não costumam aparecer nos dias de treino. Ganhar ou perder começaram a ficar em segundo plano, eu só pensava em sobreviver.
Senpai Uehara e Senpai Barreto trouxeram diversas informações valiosas e interessantes sobre o convívio com Sensei e os Mestres do Nihon, detalhes de planejamento, estratégia e mesmo os momentos de descontração eram fontes de novas descobertas. Devo confessar que uma questão me intrigou após a palestra, qual teria sido a refeição da aranha naquele dia?
Depois que Sensei explicou que o Torneio fazia parte principalmente do treino espiritual, revisei minhas atitudes. Consegui repassar aqueles momentos, e tive mais vontade de treinar. Treinar para superar os obstáculos da técnica, das limitações do próprio corpo para que num próximo desafio, conseguisse enxergar além. Equilibrar garra e técnica num momento decisivo; mais uma vez percebi que o Caminho é longo e pequenos detalhes fazem toda a diferença. Escutar Sensei, Senpai Uehara, Senpai Barreto, Senpai Wenzel, Senpai Sanchez e o colega de treino Mauricio (Belém-PA) deram a tônica do que seria Trilhar em diferentes momentos do Caminho.
Sughayyer Elias, Rodrigo. Unidade Ana Rosa. "O pensamento estratégico aplicado ao dia-a-dia, e uma das coisas mais importantes: a simplicidade no modo de viver"
Venho através deste e-mail trazer um relato das mudanças ocorridas em minha vida graças ao Instituto Niten.
Conheci o Niten através da internet, quando fiz uma pesquisa sobre Kendo e Iaido. Eu já havia lido alguns livros, mas isso não era o bastante - eu queria conhecer e seguir em minha vida o verdadeiro Bushido. Descobri que no Niten eu poderia praticar Kenjutsu e decidi participar de uma aula experimental. Isso foi há cerca de três meses. Desde então, mudanças profundas têm ocorrido em minha vida. Em meu trabalho como professor de música e inglês, mudei a abordagem com relação aos alunos e a maneira de preparar as aulas. Meu corpo, após quase vinte anos sem atividade física começou a trabalhar novamente, e a própria consciência corporal está sendo desperta. E, é claro, a concentração e resistência aumentam a cada dia. Fora os benefícios físicos óbvios, o Bushido desperta uma série de valores esquecidos na nossa sociedade "moderna". Não me refiro apenas às virtudes como coragem, honra, sabedoria, compaixão (esta principalmente em falta nos dias de hoje), como também a forma de encarar as situações difíceis e vencê-las, o pensamento estratégico aplicado ao dia-a-dia, e uma das coisas mais importantes: a simplicidade no modo de viver. O que mais poderia ser dito a respeito do Niten? Sou uma pessoa muito afortunada por poder aprender o caminho do guerreiro e treinar Kenjutsu. Bushido não é apenas um estudo de artes marciais. Bushido é um modo de vida, que faz de nós pessoas melhores, para tornarmos o mundo num lugar melhor.
Domo arigato gozaimashita.
General Akira Obara. "Absorver os ensinamentos contidos no Shin Hagakure"
Dai Sensei Kishikawa e seguidores,
Desejo transmitir a grande satisfação que tive,neste ano, ao conhecer o Instituto Niten. Absorver os ensinamentos contidos no Shin Hagakure foi muito importante para o aprimoramento do meu modus vivendi. Sensei, muitíssimo obrigado por me receber em sua " caverna " e trocarmos idéias. Kokoro Kara kansha shimassu.
Feliz Natal!
General Fayad "Demonstrar aos mais jovens que sempre é possível, com trabalho em equipe e exemplos em nossas ações, atingir o que pretendemos,"
Prezado amigo Kishikawa, Creia que fiquei muito contente e, mesmo, emocionado ao revê-lo, pois a nossa determinação em atingir os objetivos, a cada missão recebida, foi sempre a nossa preocupação em jamais decepcionar aqueles que estavam sob a nossa responsabilidade.
Demonstrar aos mais jovens que sempre é possível, com trabalho em equipe e exemplos em nossas ações, atingir o que pretendemos, vocês sempre foram a força, o estímulo e a razão de nossas lutas, mesmo nos momentos maís difíceis que passei em minha vida. Meu genro ficou encantado com o que viu, só lamentando, como eu, não termos podido permanecer mais algumas horas com todos vocês. Manifesto, neste momento, os nossos cumprimentos pela sua vitória na vida.
Rarabéns. Receba o nosso fraterno abraço e, também, o da nossa família.
Creia que as nossas palavras à sua pessoa nada mais são que o aflorar dos nossos mais sinceros e profundos sentimentos pelo que se fez, pelo que se faz e, principalmente, por tudo, ainda, que um dia possamos fazer, pois sempre o tempo é o senhor da razão, para todos nós.
Ueda - São Paulo "Tenho consciência que somente a energia da espada empunhada pelo Sensei tem conseguido cortar minhas mazelas ..."
"MUDAR O MUNDO, ATRAVÉS DA ESPADA QUE DÁ A VIDA - EM ABUNDÂNCIA ...!!! Inspirar a transformação de cada um de nós, ensinando a enfrentar nossos próprios fantasmas e inimigos. Propagar o bem entre todos aqueles que ainda não tiveram suas forças e inteligências despertadas."
Este propósito do Sensei é realmente arrebatador! Um sentido de vida que faz sentido!
Tenho consciência que somente a energia da espada empunhada pelo Sensei tem conseguido cortar minhas mazelas como: indiferença, vaidades e um comodismo sem fim. Sei, também, que não tenho retribuído a altura tudo que efetivamente usufruí - nestes últimos anos - para o meu autoconhecimento. Testemunhando tamanha demanda de atenção e expectativas geradas por todos nós que estamos em sua volta, esforçarei para não me tornar um peso paralizante, e sim uma fração de combustível propulsor para a enorme empreitada do Sensei.
Que os deuses da espada o acompanhem nas novas conquistas que estão por vir!
Saí do aeroporto de Guarulhos numa sexta feira de madrugada, com a sensação de que faria uma viagem internacional. Não era minha primeira vez viajando pelo Brasil, mas a primeira para o Nordeste. O sol, a água, a comida, o ar, o que me esperaria nesta jornada? Ao descer do avião, sentindo o mormaço da Bahia, chuva. A previsão do tempo dizia que o único dia de sol seria no meu último dia de viagem, em Fortaleza. Apesar disso, caminhei para conhecer a cidade no final da tarde. Pude aproveitar um ótimo pôr-do-sol no Farol da Barra. O jantar com os alunos mais antigos foi no famoso Kimukeka, e ali comecei a sentir as grandes diferenças na cultura. No sabor, na cor, nos cheiros. E aos poucos, durante a viagem, fui entendendo melhor os “vários brasis” que o Sensei se refere no Shin Hagakure. O treinamento no nordeste é tão exaustivo quanto no Centro-Oeste. Mas lá, o que pesa é o mormaço, a maresia. Apesar disso, todos treinaram com determinação até o final do dia. Salvador recebeu uma nova leva de kimonos azuis ao fim do gashuku. Pessoas que treinam a muito tempo e precisavam de um ajuste ou outro para entrarem no próximo nível. A confraternização teve o clima que sempre temos no Niten. Mesa de família, com todos os primos, tios, irmãos, sobrinhos, reunidos para brindar o sucesso de um gashuku intenso, suado e proveitoso. Foi especialmente bom, poder brindar com o Senpai Édio, que conheci em São Paulo logo que entrei no Niten. E que me lembro, me disse em seu último treino em São Paulo, antes de ir para Salvador: “Treine firme hein”.
Recife
O próximo passo foi Recife, logo ao sair do aeroporto, chuva. Muita chuva. Mas como ficaria um dia apenas em Recife, os deuses devem ter ficado com pena e abriram o céu em Porto de Galinhas para uma visita à praia e ao mangue. Água e ondas muito gostosas, conchinhas e, é claro, um bolo de rolo. O treino foi em um local diferente do que estão acostumados os alunos, o espaço apertado concentrou mais a energia e o treino teve muito kiai! Depois do treino, fomos ao Central, antigo bar de Recife, para conhecer melhor quem são os samurais recifences.
Natal
No dia seguinte, pegamos a estrada, eu e Rodolfo, para Natal. Sol no caminho. A cidade encanta pela calma de cidade de interior, mas estrutura de cidade grande. Almoçamos no Mangai, restaurante famoso em Natal. Cada vez mais, eu conhecia menos coisas no meu prato. De tarde, o treino no Parque das Dunas surpreendeu. O parque é muito agradável. Foi uma ótima oportunidade de treino fora do dojo para estar mais próximo da natureza. Na manhã acordamos cedo para ver o sol nascer nas dunas. Uma visão fantástica, por onde se olhasse. A vista para o mar, o Sol nascente, a areia das dunas. A chuva rapidamente passou, mas foi para lavar os pensamentos. Pudemos tirar fotos sensacionais nestes momentos. Mais tarde demos uma entrevista para a TV e fizemos algo incomum também. Pela primeira vez, samurais montados em dromedários nas dunas de Natal. Já exausto pelas viagens, chego no aeroporto de Fortaleza na quinta-feira de noite, logo após a chuva. Dormi naquela noite com a mente no sábado. Era a última parte da minha missão no nordeste, nada de afrouxar o nó.
Fortaleza
Fiquei surpreso pela presteza dos samurais cearenses. Me buscaram no hostel onde fiquei, e convocaram os alunos mais antigos que pudessem, para almoçar comigo. Confesso que levei um men. Além de almoçar, me acompanharam para visitar o mercado central e ainda, de lá, ver o pôr do sol na Ponte dos Ingleses. Ainda mais, me levaram para provar a melhor tapioca de queijo coalho da cidade e por fim, uma cerveja com a equipe que ajuda nos treinos de Fortaleza. De baterias carregadas para mais um fim de semana de Gashuku, começamos o sábado com um Sol de rachar a cuca. O treino foi intenso e, entre um copo de água e uma tomada de fôlego, ia percebendo a dificulade para treinar com equipamento nas terras cearenses. E mesmo com essa dificuldade a mais, encararam até o final. O grupo de Fortaleza é o maior do nordeste, e com esta atualização técnica, tem tudo para ficar mais forte ainda. E quem sabe, treinando firme, forjar os samurais mais resistentes das américas (ou deveria começar a dizer, do mundo?).
São realmente, “vários Brasis”. Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza. Cada um com sua cultura, suas cores, seus cheiros, seus sons, seus sabores. Mas temos todos o Niten, que é o que nos une. Como elos da mesma corrente, como flores da mesma sakura. Além de chuva, espero ter trazido novas águas para o Nordeste. E que faça fertilizar o solo para um novo momento que virá. Um momento de metas nada modestas para o Sensei. Gambatte, Nordeste!
"A proposta de injetar conhecimento e sugar o suor dos alunos no Centro-Oeste concretizou-se neste ultimo fim de semana. Cada um deles teve o seu ¨aperto¨ para dar mais um passo a frente ao conhecimento, além de, segundo meus cálculos, terem perdido pelo menos 5000 calorias. Brasília, Goiânia, Campinas, São Paulo, Santos e até a Argentina marcaram a sua presença. Centro Oeste está crescendo e futuramente terá grandes ¨Feras¨ se seguir neste ritmo. " Sensei Jorge Kishikawa
"Mesmo os alunos que não participaram do Gashuku terão grandes benefícios decorrentes desta oportunidade, pois o Sensei nos mostrou tanta coisa sobre a forma de ensinar, de corrigir, tantos detalhes técnicos e de convivência que, mesmo que leve anos, vamos tentar passar o máximo para os alunos.Já os que participaram, estes foram "brindados" com uma atenção especial em inúmeros detalhes a serem corrigidos, aperfeiçoados e intensamente treinados, em todas as modalidades, como ocorreu no Kenjutsu, no NIR, no Iaijutsu e no Jojutsu. Isto sem falar da oportunidade de conhecer pessoalmente e conversar com o Sensei, a primeira vez para muitos novos alunos que participaram. E também de conhecer Senpais e alunos de outras Unidades, que abriram mão de seus compromissos para dividir seu tempo conosco. Fica, para nós, uma sensação difícil de descrever, um misto de "o tempo foi pouco para o tanto que gostaríamos de ter convivido mais" com "foi tão intenso que parece que durou uma semana"...
Os 4 "votos" do Hagakure, recitados ao final do Gashuku, ganham nova força em nossos corações. Arigato Gozaimashita. Sayonara." Ricardo Lopes, Coordenador do Centro-Oeste.
"Agora a missão é continuar com a energia! Colocar tudo em prática! Tirar vícios, arrumar posturas, melhorar o sentimento! Convivência, muitos katas do Bushido. Realmente, é um Caminho sem fim, e quando penso nos meus 4 anos de treino, volto a me sentir como um bebê tentando se levantar e dar os primeiros passos, se apoiando às coisas a sua volta.
Arigatou gozaimashita Sensei, pela disposição de voltar à Unidade, sempre que o Sensei vem, somos brindados com uma chuva de aprendizado."Mauro, Aluno de Brasília
"La mañana para mi empezó temprano, a las 5 AM cuando me levante y me predispuse para ir a la estación de Omnibus. Llegue alrededor de las 8 AM al Dojó Recoleta, y vi que ya se estaba trabajando para dejar todo en condiciones para el entrenamiento y para la venida de Sensei.
El entrenamiento comenzó puntual, a las 9:00, como se había estipulado. Disfrute mucho del entrenamiento porque pude cruzar espadas con colegas que hacia muchísimo no veía, algunos más de un año. Me sorprendió durante el entrenamiento la atenta vigilancia que Sensei junto con Senpai Basilio tenían sobre nosotros. Uno estaba enfrascado en la lucha, y cada tanto sentía un leve toque en la espalda, era Sensei que nos daba instrucciones para mejorar alguna técnica, y a su lado estaba Senpai Basilio, luego de la corrección desaparecían como fantasmas y se los veía en la otra punta del Dojó haciendo lo mismo con otros colegas.
El entrenamiento fue duro y gratificante. Se respiraba concentración en el ambiente, y la misma energía corría mientras se practicaron todas las modalidades Iaijutsu, Jojutsu y, Kenjutsu. El Dojó estaba colmado de alumnos.
Treino de Kenjutsu
Mi gran problema comenzó al momento de la clase de Yodo. Nunca fui una persona muy dotada para la motricidad fina. Sensei Mitiko nos explico los puntos básicos para comenzar. Con mucha paciencia se detuvo en donde yo estaba y ante el desastre que yo estaba haciendo, me explico tomándome la mano y corrigiendome la postura. Fue un gesto que aprecio mucho. Luego de un rato comprendí que el Yodo es un arte en el pleno sentido de la palabra, requiere dedicación y maestría, y no es mera escritura para comunicar sonidos. Encierra en si mismo universos de pensamiento y ejecución de axiomas.
Luego del entrenamiento Senpai Ivan muy amablemente me llevo hasta el lugar donde se haría la cena en la cual estaría presente la comitiva que vino de Brasil, incluido Sensei. En la cena tuvimos la oportunidad de hablar con los Senpais, y pudimos conocer al futuro Coordinador de Colombia. Pude cruzar algunas palabras con Senpai Ricardo, el alumno más antiguo de Niten, el cual nos comento algunas cosas de su vida familiar y laboral como médico militar.
En otras ocasiones no había podido estar en contacto directo con Sensei por mucho tiempo, si bien esta vez no me acerque a hablar directamente con el, estuve en todo momento atento a sus gestos, a sus ademanes, a su personalidad. Vi que Sensei es de esas personas que ya no da el tiempo. Es un hombre sin edad, es decir, un hombre que físicamente aparenta unos 40 y tantos, pero que interiormente es eterno, y digo que el tiempo ya no da hombres así porque el es no solo es un guerrero, es un guerrero sabio, es un hombre que ha vivido muchas vidas.
Viendo a su madre entendí en parte porque el es así. Los hombres fuertes y sabios tardan muchas generaciones en formarse, y son producto de una cadena ininterrumpida de personas excelsas, amén del propio esfuerzo y voluntad que ellos ponen en el día a día.
Cuando emprendí el regreso a mi casa, iba contento al saber que todavía existen personas así, porque personas como Sensei son las que hacen historia.
Em São Paulo, nesta última sexta-feira 13, cerca de 300 crianças tiveram diversão renovada!
Os alunos do Kir Jovem e pais do Niten São Paulo doaram brinquedos, que foram entregues pelo Hayabusa à uma creche da Obra Kolping em EMBU das artes. Os Hayabusa, de kimono e gorro de papai noel, fizeram uma breve apresentação e entrega dos brinquedos.
No Rio de Janeiro o Instituto Niten arrecadou brinquedos para doação que foram passados à obra assistencial organizada pela PUC universidade católica na Rocinha. Uma pequena contribuição ao sentimento de doação e dedicação do qual as instituições filantrópicas dependem todo o ano.
Em Buenos Aires com muita alegria os jovens visitaram o Hospital Zonal General Vicente López y Planes. Là compartilharam com pais e filhos, jovens e idosos que se encontravam internados no Natal, levaram companhia e boa energia. E também doação de brinquedos e roupas que reuniram no dojo no Final de ano.
O carinho alegra tanto a quem dá quanto a quem recebe. Assim vale a pena o final de ano!
Definitivamente, o Niten já está em Portugal ! Veja o que dizem os nossos 4 primeiros alunos de Portugal, cada qual com sua visão individual e especial do treinamento: João, Gurgel, Gorgulho e Nuno
Por mais que vivamos, nunca deixamos de ser surpreendidos. Desde há uns anos que acompanho via Internet o Instituto Niten e o trabalho do Sensei Jorge Kishikawa. Pareceu-me sempre ser uma Escola estruturada,de grande perfeição técnica, filosófica e espiritual e verdadeiramente inspirada nas tradições samurais.
Sentia, no entanto, que estava longe e as possibilidades de um dia poder treinar no Instituto Niten eram remotas; talvez, um dia, se tivesse tempo para passar uma grande temporada no Brasil, pudesse frequentá-la.
Quando há poucas semanas andava a vasculhar a Internet em busca de um local para treinar que pudesse responder às minhas aspirações, eis que me deparo com a notícia de que o Instituto Niten tinha acabado de abrir uma unidade em Lisboa. De imediato telefonei ao Senpai Aretakis e combinámos um encontro no Dojo na Segunda feira seguinte, dia de treino.
O primeiro treino foi desde logo muito interessante, quer pelos aspectos protocolares, quer pelos aspectos técnicos e filosóficos que eu, na prática, desconhecia. Correspondeu às minhas expectativas e à ideia que eu fazia de Escola - exigente, rigorosa e, simultâneamente, acolhedora.
Para culminar o primeiro treino, recebi logo a informação de que o Sensei Jorge Kishikawa vinha fazer um Workshop a Lisboa, justamente na Quinta e Sexta feiras seguintes.
A sorte não podia ser maior: ter a possibilidade de treinar no Instituto Niten e, ainda para mais e como se não fosse já suficiente, ter aulas com o Sensei.
Escusado será dizer que as aulas permitiram uma aprendizagem de privilégio, da qual estou intensamente grato. Para além dos treinos, tivemos todos depois a oportunidade de estar com o Sensei e com outros Senpai que o acompanharam em jantares, para além do Senpai Aretakis e dos Companheiros de Lisboa.
Aí pudemos beneficiar de mais ensinamentos do Sensei, que com sua cultura e simpatia nos foi transmitindo mais conhecimentos sobre os aspectos filosóficos e espirituais do Kobudo.
Estas experiências e a honra que tudo isto significou para mim motivaram-me ainda mais para prosseguir este Caminho, no Dojo e fora do Dojo.
Até pouco tempo atrás eu acreditava que existiam certas coisas na vida que não podiam nem deveriam ser ditas, ou melhor descritas por palavras. Talvez seja porque quando tentamos explicar algo que nos é muito precioso – quer sejam momentos, experiências, eventos, etc. – nos arriscamos a não conseguir transmitir com justiça a devida importância daquilo ao nosso interlocutor. Pode ser, por outro lado, que simplesmente queiramos guardar certas emoções para nós mesmos, como se fossem literalmente nossos tesouros pessoais.
Hoje tenho uma opinião diferente. Ao relatar nossas boas experiências para as pessoas que prezamos, dividimos esse “tesouro pessoal” e todo o bem que ele nos foi feito passa a ser oferecido aos outros através do relato. Eloquência passa a ter um valor secundário nesse caso. O que importa é que estarão apenas partilhando fraternalmente do bem que recebemos. Tivemos recentemente o nosso Primeiro Workshop de Kobudô do Instituto Niten em Lisboa. Eu tive a honra de integrar a comitiva que acompanhou o Sensei durante o primeiro dia de passeios turísticos pela cidade. Foi uma bela experiência. Vi que o Sensei pode ser um homem muito informal e simples, sem com isso deixar de lado sua seriedade e preocupação constante em nos ensinar lições importantes sobre o Caminho. Após o treino, tivemos momentos muito agradáveis durante uma pequena refeição nas dependências da ACM. Comemos, bebemos e até fumei meu primeiro charuto!
Naquele momento de descontracção, Sensei nos perguntou: “Vocês sabem o que estão fazendo aqui?” Ele referia-se não apenas ao treino em si, confinado ao dojo, mas também fora dele, e inclusive ali enquanto estávamos todos sentados à mesa com ele. Guardei aquelas palavras e reflecti sobre elas ao longo do dia seguinte.
Eu havia conversado bastante sobre o Niten com minha esposa naquele dia, e enquanto eu preparava-me para ir ao dojo novamente, para o segundo dia do Workshop, ela disse-me: “O kenjutsu faz mesmo bem a você… Você está com um brilho nos olhos que não vejo há anos!”.
Cheguei ao dojo ainda pensando naquelas palavras. Aquilo poderia ser um indício de que o que quer que eu estivesse fazendo estava fazendo direito. Eu podia dizer que “sabia o que estava fazendo”, afinal.
Por uma feliz “coincidência”, tive a oportunidade de conversar com o Sensei novamente, dessa vez a sós. Contei a ele tudo sobre “o brilho dos olhos”. Agradeci muito a ele pelo retorno daquele tal brilho nos olhos, que eu nem sequer sabia que fora em algum momento da vida perdido. Perguntei a ele como poderia agradecer à altura por algo tão importante que não conseguia nem ser explicado apropriadamente por palavras.
Sensei então disse: “Escreve um relato sobre isso, Gurgel!”.
Hai Sensei! Não sei se vocês que lêem o meu relato entendem a importância de um brilho nos olhos, principalmente quando ele esteve ausente por anos. Mas saibam que “A espada que dá a vida em abundância” não é apenas um jogo de belas palavras!
Domo Arigatô Sensei e Sempais pela convivência e pelas lições daqueles dias!"
Gurgel, Unidade Lisboa
" De facto, tão recente como aluno nesta classe "Niten", e oportunamente sermos visitados pelo Sensei foi um privilégio. Foi com alguma expectativa que esperei a sua chegada a Lisboa e posso afirmar que não foi frustada. Estou feliz por finalmente ter encontrado uma "escola" onde o intuito de ensinar, formar e támbém disciplinar é a ordem. Um especial agradecimento também aos Sempais Uehara, Barreto, Estevão, Vital, Mitsu, Assim, só posso afirmar que-me comprometo em receber os vossos ensinamentos e os praticar em prol do Niten e de mim mesmo, espero não os vir a frustar. Desde já, muito obrigado e espero que os tenhamos de volta a Lisboa muito em breve.
Domo arigato gozaimashita."
Gorgulho, Unidade Lisboa
CAMINHO
"O que significa fazer parte do caminho? Que caminho é esse. De onde vem e para onde vai? Caminhamos juntos em caminhos separados ou separados num mesmo caminho?
Juntei-me ao Niten há pouco mais de dois meses com o objectivo de me conhecer. Integrar os valores do Bushido no meu dia-a-dia e melhorar-me como pessoa.
Acho que, aquele cujo espírito pertence ao Niten sente-se no corpo logo desde o primeiro treino. A primeira vez em que seguramos o bokuto, a primeira saudação e os primeiros erros. São todos particulares momentos que marcam os primeiros passos da nossa jornada no caminho. Se calhar, como samurais modernos, cansamo-nos da forma como os valores foram esquecidos. Mas eles moram dentro de nós e o Niten liberta-os.
Nada é fácil no início. Tudo parece tão complicado e entre as katas do Kenjutsu, Bushido e uma particular forma de estar, parecem ser demasiados pormenores aos quais os nossos hábitos prévios parecem causar alguma adversidade.
A cada uma nova unidade que abre do Niten é como uma nova árvore que cresce. E nós, enraizados pelo nosso Senpai Aretakis, somos frutos e flores em botão que um dia se abrirão para espalhar no vento o conhecimento que aprendemos agora.
Há algum de estranho no Niten que me faz sentir em casa. Dentro dos treinos reencontro-me e sinto conhecer o caminho desde sempre.
A vida do nosso Sensei a Portugal marcou o início da unidade de Lisboa que apesar de tão nova, com apenas dois meses já mostrou ensinar-me tanto sobre tanta coisa.
Senti algum receio. Não posso esconder que, apesar de a cada treino me esforçar por pôr em prática tudo aquilo que já aprendi nos treinos anteriores, um nervoso miudinho cresce a medida que me aproximo do dojo no dia em que o Sensei chegou. As minhas metas são grandes, e pouco humilde, procuro mostrar com orgulho tudo aquilo que consegui aprender no pouco tempo que tive. Imponente, no momento em que vi o Sensei, percebi, apesar de uma aparente distancia, uma enorme simplicidade. Um espelho de humildade ao qual me olhei e isso permitiu-me acalmar. Segue-se o maior treino de que já havia feito parte. Em número de pessoas e emoção. A presença dos demais Senpais e do próprio Sensei fazem-me sentir como uma pequena formiga que ao mesmo tempo anseia por crescer. Certos aspectos da nossa técnica, que não havíamos notado antes são chamados a atenção e a medida que o cansaço chega, um sorriso se vai abrindo nos rostos de cada um pelo sentimento de realização interior que sentimos. Fascina-me a devoção que colocamos naquilo que fazemos, seja no Kamae durante o treino, ou de “espada caída” fora dele.
Dois dias não foram o bastante para perceber a dimensão da experiencia que passei. Terei talvez agora largos treinos até que comecem a surgir as revelações de tudo o que aprendi, dentro e fora do dojo. Agradeço a vinda do Sensei e a cada Senpai em particular por tudo o que aprendi com a vossa presença.
O meu tempo no Niten, e em particular os dois dias que passei com o nosso Sensei fizeram-me entender que o caminho é longo mas passo a passo ao lado dos nossos irmãos de armas, nós crescemos e caminhamos num objectivo comum. Melhorar o mundo em que vivemos.
De colonização essencialmente italiana, Caxias do Sul, uma cidade tradicional da Serra Gaúcha, abriga dentre seus prédios e parreirais de uva um Dojô do Instituto Niten. Trata-se de uma Unidade forte e famosa pelos seus dias friosos samurais da Serra Gaúcha botam sempre em prova sua força de vontade e compromisso com o Caminho a cada inverno. A cidade, situada no interior do Estado do Rio Grande do Sul, fica a 134 Km da Capital Porto Alegre e 70 km de Gramado.
Caxias tem sua fama de "Sibéria Brasileira" eternizada pelo Sensei no Shin Hagakure e devido às suas corriqueiras oscilações térmicas os guerreiros são temperados como o aço. Caxias iniciou os treinos com o Sempai Joel, na época Coordenador de Porto Alegre, primeira Unidade do Niten fora de São Paulo. Atualmente é coordenada pelo Sempai Joé, o qual acompanha a Unidade desde a sua abertura, nove anos atrás e também pelo Sempai Mendes.
No Dojô de Caxias do Sul, os ensinamentos do Sensei são passados para alunos de diversas idades, desde as crianças até a terceira idade. O Dojô conta também com um grupo feminino forte e ativo, que se faz presente em todos os treinos. Seja na chuva ou neve, frio ou calor, os alunos de Caxias seguem com garra e determinação o Caminho da Espada!
Relato de alunos de Caxias, sobre seu início de treinos e benefícios que o Kenjutsu tem trazido.
Em meados de 2010, enquanto eu e minha esposa, Juliana, almoçávamos na praça de alimentação de um shopping em Caxias do Sul, vimos um homem de hakama na fila de um dos restaurantes. Na hora, a Juliana, que já havia praticado Kendo há muitos anos, levantou-se e foi lhe perguntar se praticava Kendo. Meio surpreso, ele a indagou por que, e ela disse que havia percebido pela sua postura. Tínhamos acabado de conhecer o Senpai Joé.
A conversa foi breve, mas alegre. Ele esclareceu que praticava Kenjutsu, passou informações sobre o local do treino, assim como um telefone de contato. Os olhos da Juliana brilhavam com a vontade de praticar. Entretanto, como ela estava grávida de nosso primeiro filho, decidimos esperar.
Os anos seguintes passaram rápido. O primeiro filho nasceu. Cerca de um ano depois, veio a segunda gravidez. E víamos a vida seguindo, veloz, muitas vezes com a impressão de que estávamos sendo atropelados por ela. Foi só após seis meses do nascimento da nossa segunda filha que percebemos como havíamos passado a viver em função quase exclusiva das crianças, e de como precisávamos, entre outras coisas, voltar a praticar esportes.
Dado o fato de não termos família em Caxias, decidimos criar um sistema de “revezamento”: enquanto um cuidasse das crianças, o outro praticaria algum esporte. Ela começou a correr, mas eu não sabia o que fazer. Foi quando ela me lembrou do Kenjutsu. Fiquei um pouco receoso, pois nunca tive um espírito muito combativo, mas decidi tentar.
No primeiro dia, percebi como esse Caminho faria bem a mim. A despeito da fadiga física, e de ter chegado a passar mal depois de sair do local do treino (certamente resultado do sedentarismo), eu me sentia alegre, realizado, instigado. Como não podia deixar de ser, com o passar dos meses, a vontade da Juliana de treinar só aumentava. Entretanto, como havia prática apenas aos sábados, concluímos que não valeria à pena que cada um treinasse apenas a cada quinze dias. Mas, num certo momento, a vontade dela não podia ser mais contida. Acertamos com a babá para que ela ficasse com nossos filhos nos sábados de manhã, e enfim a Juliana pôde começar a treinar.
Ainda que nem sempre possamos participar tanto quanto gostaríamos, praticar juntos tem sido especial. Por mais atribulada que uma semana tenha sido, sempre temos a sensação de que ficamos renovados após o treino, o que nos motiva mais e mais a nos aprofundar no Caminho. Também, é evidente como nosso corpo e espírito vêm se fortalecendo, resultado dos ensinamentos que nos são passados. Entretanto, o que mais nos alegra, nesse momento, é a identificação que sentimos com o grupo. Finalmente, após tantos anos, voltamos a sentir que fazemos parte de uma comunidade pela qual temos muito respeito e carinho.
Escudeiro dia 1 Segunda feira - 09 de setembro de 2013
Às onze horas da manhã encontro com Senpai Costa na rodoviária rumo a Cidade do Aço. Minha expectativa era grande. Já tive uma noção do que é o “Samurais do Aço” do treinamento que tivemos em maio deste ano. Já no ônibus, lendo o Shinhagakure, me dei conta do tamanho do desafio que me esperava e que em algum momento poderia não aguentar acompanhar o ritmo e ser derrotado. Aceitei este fato como os Samurais se resignam diante da morte. Decidi também que lutaria este bom combate e não seria vencido no Bushido. Chegamos em cima da hora, almoço rápido e partimos para o primeiro treino. Treino forte de aproximadamente duas horas pequeno intervalo e mais Keiko até a luminosidade ficar fraca, pois anoitecia. Foi um sentimento muito bom de ter aproveitado bem a luz do dia e no momento que ela nos deixava nosso combate mudava de forma diante da penumbra que se iniciava. Desequipamos e partimos para o Espaço A novo local de treino “Civil”. Foi muito bom ver que a unidade de Volta Redonda esta crescendo, com vários alunos novos. Gambate Kudasai Senpai Costa e Senpai Kalawatis nesta missão de levar a Espada que dá a Vida à esta cidade. Às dez e pouca era hora do ônibus da volta. Às uma e meia estou em casa. Enviei SMS para o Senpai Costa avisando que cheguei bem e sabendo que ele acordaria às cinco da manhã para ter aula na faculdade às sete e meia, fui dormir me sentindo um fanfarrão. Domo Arigatou Gozaimashita ao Senpai Costa e a todos com quem tive a oportunidade de treinar hoje.
Escudeiro dia 2 Terça feira – 10 de setembro de 2013
Na tarde de hoje ficou programado de ir com Senpai Costa ao depósito para arrumação e manutenção dos equipamentos. Foi um exercício do segundo voto do Bushido (Ser de utilidade ao seu Mestre). Aprendi a realizar manutenção de Shinais e montamos uma Shinai. Lanche rápido com frutas da mercearia de nossa Kaikei. Era hora de carregar o equipamento para Doblô e treinar em Botafogo. O treino foi muito bom, Senpai Kenzo passou estratégias para “entrar no kamae” do oponente e pudemos aplicar no Keiko. Após o treino, aquela conversa rápida, mas sempre produtiva que faz do Niten uma família. Às onze e meia chego em casa e envio SMS para o Senpai Costa que ainda estava a caminho de casa pois mora mais longe. Eu acho que o dia dele tem mais de 24 horas! Ainda chego lá. Sayounará Bettencourt
Escudeiro dia 3 Quarta feira – 11 de setembro de 2013
Estes dias que tenho passado com Senpai Costa tem sido tão ricos, é difícil descrever tudo que aprendi, vivi e senti. Só posso começar agradecendo: Domo Arigatou Gozaimashita Senpai. No trajeto de hoje rumo ao Dojo da CSN em Volta Redonda estava estudando que existem quatro fatores determinantes para se vencer uma guerra: o Ki (energia em combate), Ken (técnica), Tai (condição física) e o Un (graça do destino). O treino de hoje a tarde começou voltado para o Tai, principalmente membros inferiores, deficiência percebida pelo Senpai. Foi no legítimo estilo Samurais do Aço. O planejamento do Senpai para noite era treinar no Dojo de Nova Iguaçu, e lá fomos nós. Que experiência legal de sentir a energia de Dojos diferentes em intervalo de tempo tão curto. Alegrei-me com todos ao ver que três alunos se matricularam e iniciaram o treinamento na unidade. Gambate Kudasai Senpai Gouvea e Senpai Merigueti. Desde quando tomei ciência da programação previa dificuldade no retorno para casa, ai entra o Un que me favoreceu. O Senpai Impierre também treinou lá e me agraciou com carona e um bate papo fora de série. Consolidando meu dia para escrever este relato, percebo como cada minuto foi muito bem aproveitado. Quero conseguir aproveitar assim o meu dia a dia quando retomar minhas atividades cotidianas. Sayounará Bettencourt
Escudeiro dia 4 Quinta feira – 12 de setembro de 2013
Hoje a tarde começou no depósito preparando os Bogus para o treino da noite. O Senpai Costa recuperou alguns Dos reciclando tiras de couro. Nestes dias de convivência com Senpai Costa fica clara a maleabilidade do Senpai em resolver problemas diante da adversidade. percebi que a habilidade de esquiva e corte numa luta com Bogu ou na vida se confundem. Se diante do problema tá difícil ir no men ele não perde tempo em cortar o utigote e vencer.
No fim da tarde pegamos ônibus para encontrar o Senpai Wenzel. E receber o material que ele trazia de São Paulo. Conversa rápida ou seria rápida reunião, pois não se desperdiça tempo. Senpai Costa recebeu algumas missões e com os equipamentos nos dirigimos ao Monte Sinai.
O Senpai Vaz puxa o treino de quinta. Ele é sensivel à energia do Dojo e trabalha ela durante o treino. E realmente como ele disse no momento de ouro: Não importa como você vem treinar (venha!), o importante é como você sai do Dojo. E é verdade, toda vez que me despeço do Dojo saio me sentindo melhor, “energizado”.
Domo Arigatou Gozaimashita Niten, Sensei e Senpais Sayounará Bettencourt
Escudeiro dia 5 Sexta feira, 13 de setembro de 2013
Hoje foi o dia para fechar a jornada. Ao fim da tarde fizemos um Birudo de encerramento. Foi ótimo, tive oportunidade de externar gratidão ao Senpai pela atenção e dedicação e aprender mais do caminho. Praticamente não necessito escrever no meu dia a dia. A missão do diário do escudeiro foi sem dúvida a mais difícil. Mas me ajudou a estar atento e sensível a tudo o que se passava.
Domo Arigatou Gozaimashita Senpai Wenzel por ter pago a missão e ter permitido esta semana de treinamento. Sayounará Arigatou Gozaimashita!!
Escudeiro II Depois de Bettencourt o aluno Impieri também encarou alguns dias de Escudeiro.
Recebemos a visita do repórter fotográfico Nilson Soares do blog Só Casca!
"Você tem que chegar no dojo e cumprir o protocolo, essa obrigação torna você uma pessoa mais sociável e respeitosa" prof. de Kenjutsu do Instituto Niten Vaz Alexandre
A matéria recebeu elogios especiais do Sensei, que considerou o conteúdo muito rico e preciso. "A matéria explica com exatidão".
Num belo cenário que lembra a ilha de Funajima no Japão, matéria feita com capricho e focada nos benefícios do Kenjutsu pra o físico e para a mente.
PORTO ALEGRE - Globo - Vida e Saúde
Matéria veiculada na RBS TV (afiliada Globo Rio Grande do Sul) programa Vida e Saúde - Correria no tatame
Duas repórteres gaúchas colocam Kimono e Hakama e entram no treino para valer em Porto Alegre. Com sensibildiade mostram mais lados do treinamento e como pode ser seu primeiro dia de treino.
SPORTV - PROGRAMA SENSEI
Matéria do programa SPORTV SENSEI, gravada nos 20 anos, traz imagens da demonstração em frente ao estádio do Pacaembú em São Paulo e cenas do FERAS no Dojo Ana Rosa.
Café com Sensei é a coluna publicada pelo Sensei Jorge Kishikawa entre 3 a 5 vezes por semana. A Coluna é publicada initerruptamente há mais de 7 anos e é um canal de comunicação direta do Sensei com todos os alunos nas diversas unidades e países.
Agora também está disponível o envio do Café com Sensei por email, em português e/ou espanhol, tanto para alunos, como para amigos e interessados também.
Agradeço, de coração, pelo evento comemorativo dos 20 anos do Instituto Cultural Niten. Desejo que você e a sua família entrem nesse novo e glorioso ano, com muita saúde e felicidades. Meus sinceros cumprimentos. Sensei Jorge Kishikawa Instituto Cultural Niten
Tradução do texto em japonês do Cartão de final de ano e Papel de Parede do egan (baixe aqui)
O nome eGan vem de "GAN", o ganso selvagem japonês, mensageiro de boas novas, que agora lhe são enviadas por email!
"EGAN" é o informativo do Instituto Cultural Niten enviado desde 2003 e já conta com mais de 190 edições em 10 anos. O material é editado pela equipe da Sede do Instituto NIten e conta com a colaboração dos alunos, atualmente numa periodicidade trimestral. Mande sempre que desejar sua opinião, contribuição ou comentário para: [email protected] Arigato Gozaimashitá pela sua leitura!
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