Café com o Sensei

Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa

07-abr-2014

Folhinha dos Pequenos Samurais

Estava acontecendo a disputa final das crianças no Kenjutsu combate, no Torneio Individual de Kobudo, neste fim de semana.
Enquanto todos torciam acirradamente, recebi uma boa notícia (e que notícia!). Qual não foi a minha surpresa ao ver o que um dos meus alunos me entregava: o jornal da Folha de São Paulo, o Folhinha, voltado para crianças.
Bons fluídos chamam outros bons fluídos. A energia emanada no Torneio foi tão forte que chamou o Niten para a matéria.
Acredito que isto não se deve ao acaso.
Na realidade, nunca, em todo o mundo e em nenhuma época houve crianças que aprendessem a "tradição dos guerreiros que viveram no Japão há muito tempo, entre os seculos 8 e 19", motivo que, ao meu ver, foi o por que da matária.
Em japonês dizemos "shourai ga tanoshimi". Traduzindo: "o futuro é a nossa alegria".









FOLHA DE S.PAULO
Crianças treinam kenjutsu, a arte dos guerreiros samurais
MARINA GALEANO COLABORAÇAO PARA A FOLHA
05/04,014 0 00h01

Em um canto do ginásio, Kevin Kamimura, 9, veste o bogu (armadura), a hakama (espécie de calça larga) e pega sua shinai (espada de bambu). Vai começar a aula de kenjutsu.

Baseada na arte dos samurais, a luta ensina não apenas técnicas de combate, mas também as tradições desses guerreiros, que viveram no Japão há muito tempo, entre os séculos 8 e 19.

Respeito, disciplina, alegria, confiança e coragem são valores transmitidos às crianças nas aulas, diz o Sensei Jorge Kishikawa, que trouxe a modalidade para o Brasil em 1993. "Os alunos aprendem a andar com as próprias pernas, desenvolvem o espírito de luta."

Ele explica que metade da aula é dedicada a jogos e brincadeiras, pois acredita que as crianças brinquem pouco hoje em dia. Quando esse aquecimento termina, é hora de colocar o equipamento e começar a treinar os movimentos da arte dos guerreiros samurais.

Em duplas, os praticantes posicionam suas espadas e tentam atingir o adversário na cabeça ("men"), no pulso ("bote") e na barriga ("do"). Antes de cada golpe, é preciso gritar uma dessas três palavras para indicar qual parte do corpo do oponente pretende-se acertar.

"Gosto de treinar com os "senpais", porque aí posso derrubá-los, lutar para valer", conta Kevin. "Senpai" é a forma que os praticantes usam para se referir àqueles que têm mais experiência na luta.

Adepto da modalidade há dois anos, Tiago Miyamoto Morizono, 10, conta, cheio de orgulho, que tem no sobrenome o nome do famoso samurai Miyamoto Musashi (1584-1645). Para o garoto, o kenjutsu trouxe "felicidade e novos amigos".

https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2014/04/1435927-criancas-treinam-kenjutsu-a-arte-dos-guerreiros-samurais.shtml